Bolsonaro não avalia mais dar incentivos fiscais para as igrejas


Do Congresso em Foco

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (15) que o governo federal não avalia mais dar incentivos fiscais para a conta de energia de templos religiosos.

Apesar do mandatário afirmar que o impacto seria mínimo caso entrasse em vigor, ele atendeu a pedidos do Ministério da Economia.

“A política da economia é não ter mais subsídios, esta suspenso qualquer iniciativa nesse sentido”, disse em entrevista coletiva após reunião com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

A ideia do governo federal de oferecer subsídios para a energia elétrica nas igrejas foi divulgada na sexta-feira (10) pelo jornal Estado de S. Paulo.

Em entrevista a agência Reuters , o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, afirmou que caso o governo venha a subsidiar a conta de luz dos templos religiosos, o impacto seria "insignificante para o contribuinte". Nas contas do militar, a população brasileira teria que pagar "apenas R$ 30 milhões ao ano".

Bento disse ainda que a medida visa atender a maioria da população brasileira. “O pleito é de todos os templos, de todos os segmentos religiosos... 92% da população brasileira, de acordo com as pesquisas, o último censo, tem alguma prática religiosa. E o governo é sensível a isso, que vai atender à maioria total da população”, disse à agência de notícias.

O subsídio, porém, seria apenas para os grandes templos. Ou seja, religiões que não têm templos grandiosos estariam de fora. As principais beneficiadas seriam as igrejas evangélicas e católicas.

Os congressistas reclamam da falta de proximidade da pasta com o Poder Legislativo, ela é considerada estratégica para a economia. Uma das principais insatisfações é a Agência Nacional de Mineração, onde existe cerca de 200 mil projetos de mineração parados .

Em evento de fim de ano com jornalistas, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM) criticou a gestão do ministro Bento Albuquerque à frente do Ministério de Minas e Energia, pasta que ele comandou no governo de Dilma Rousseff (PT).

Entre as insatisfações, estão a promessa não cumprida de reduzir em 40% o preço do gás e o modelo de privatização proposto para a Eletrobras. O emedebista declarou não ser contra o princípio da privatização, mas criticou o projeto do governo por não manter a golden share.

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