Flávio Dino aprova acordo com EUA sobre base de Alcântara e fala de politica à Revista Veja


Crítico de primeira hora do governo do Presidente Jair Bolsonaro, o governador Flávio Dino surpreende em entrevistas a Revista Veja, em que diz não ver problemas no acordo comercial assinado que prevê a exploração da base do Centro de Lançamento de Alcântara, pelos Estados Unidos.

A entrevista que traz o titulo “Alcântara aberta para todos” o comunista, também, defende a união das esquerdas e a aproximação a liberais e sociais-democratas para reconquista do poder que levou a eleição de Bolsonaro.

Dino não fala em candidatura própria a Presidência em 2022 como chegou a anunciar no ano passado.


Veja um trecho da entrevista

O governo brasileiro assinou um acordo com os Estados Unidos para permitir o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

Qual é a avaliação do senhor? Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que trata-se de um acordo de salvaguarda tecnológica. Ele foi assinado para garantir que qualquer empresa, de qualquer país que tenha tecnologia desenvolvida e patenteada nos Estados Unidos, siga determinados procedimentos. Isso é juridicamente comum. 
O que nós temos colocado sobre a base é o seguinte: em primeiro lugar, não há problema em assinar acordo de salvaguarda tecnológica com os Estados Unidos ou qualquer outro país. Segundo ponto: na eventual exploração da base, que espero que aconteça, a soberania brasileira deve ser preservada. Terceiro: para que haja exploração comercial da base, é essencial que o direito das populações tradicionais de Alcântara seja respeitado.


Então, o senhor não tem resistência à exploração da base?
Pelo contrário, eu desejo que haja exploração comercial da base de Alcântara pelo maior número de países do mundo. A base é brasileira e deve continuar sendo brasileira. E deve ser alugada ou emprestada para qualquer país que queira fazer lançamento. Isso é bom para o Brasil ter receita e desenvolver um programa aeroespacial próprio.

O senhor se reelegeu com uma ampla aliança, na qual estava até mesmo o DEM. Não há divergências entre os projetos do DEM e do PCdoB? Certamente sim, mas isso não exclui alianças. Pelo contrário, aliança se faz com quem pensa diferente de você. Essa abertura tem de se dar em âmbito nacional, inclusive com partidos mais ao centro político.


O senhor considera o DEM de centro?
Hoje, o papel do DEM tem sido uma força de equilíbrio quando olhamos para a atuação do Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado. Se considerarmos que o bolsonarismo é a extrema direita, Maia e Alcolumbre estão hoje situados numa posição mais ao centro.


"Eu desejo que haja exploração comercial da base de Alcântara pelo maior número de países do mundo."


O PCdoB é visto como um partido satélite do PT. No ano passado, a legenda ensaiou uma candidatura à Presidência da República, mas desistiu e apoiou Fernando Haddad. É um erro ter essa postura? Nós devemos ter o que sempre tivemos em relação ao PT: uma relação de proximidade, mas jamais de subordinação. Sempre um meio-termo.

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